por Daniel Martín Menjón
(2022)
Introdução
Sobre o zoroastrismo pode-se afirmar que ele é um fundamento religioso influenciado por elementos do passado e iraniano-hindus, cujo resultado final implica uma nova religião que com o fundamento de sua cosmologia, cosmogonia, escatologia com certo caráter de urgência e imanência, e a ideia de uma salvação, contribuiu em mais de algumas coisas, certamente, para canalizar o pensamento semítico/caldeu e irano-hindu nas formas de um judaísmo no exílio babilônico, neste caso duplamente influenciado, ao entrar em contato, pelo menos, com relatos complementares ou paralelos aos deles, se não mais precisos e profundos. No caso da Israel no exílio vivia a cultura caldeia, e parece que, se Zoroastro existiu, tudo parece apontar para o período do exílio babilônico dos judeus, que se estende pelo Império Neobabilônico e pelos persas aquemênidas.
Do judaísmo, que como um grupo de tribos ou Israel, sempre teve claras influências que são atestadas na Bíblia hebraico-armaica: egípcias, cananeias, hititas, caldeias, semitas... e legaram este extraordinário testemunho ao cristianismo e, juntamente com a adição de outras influências respectivas, ao islamismo que Maomé e aqueles que o seguiram construíram.
Na época dos Arsácidas, pudemos fixar uma promoção progressiva do zoroastrismo em direção a uma religião estatal. Seria nesta época (225 a.C. - 226 d.C.) que as escrituras sagradas zoroastrianas tiveram uma primeira compilação da qual só se sabe que poderia ocorrer, e que teria alguma forma semelhante aos antigos Gathas Yastas ou Yasnas da época dos Aquemênidas, e o Videvdat sadé que se localizaria na segunda metade do século II a.C.
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