por Alain de Benoist
(2019)
Senhoras, Senhores, Prezados amigos,
Vou falar de um fenômeno relativamente novo que não está sem relação com o tema deste dia. É o iliberalismo. A palavra é um pouco bárbara, mas seu significado é bastante claro: designa o aparecimento de novas formas políticas que defendem a democracia, mas ao mesmo tempo desejam romper com a democracia liberal que hoje se encontra em crise em quase todos os países do mundo.
O termo apareceu no final dos anos 90 nos escritos de alguns cientistas políticos ilustres, mas foi apenas muito recentemente, em 2014, que ele se firmou junto ao grande público quando o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou publicamente, durante uma Universidade de Verão de seu partido: "A nação húngara não é um agregado de indivíduos, mas uma comunidade que devemos organizar, fortalecer e elevar também. Neste sentido, o novo Estado que estamos construindo não é um Estado liberal, mas um Estado iliberal". Ele acrescentou que agora é hora de "compreender sistemas que não são ocidentais, que não são liberais e que, no entanto, fizeram certas nações terem sucesso".
O que ele quis dizer com isso? E qual é basicamente a diferença fundamental entre a democracia liberal e a democracia iliberal?
Continue lendo...