por Gabriele Adinolfi
(2021)
Um homem que valia Alexandre e César e que foi caluniado como Nero. Uma personalidade que aniquilou quem o enfrentou e que soube se fazer amar, ou melhor, adorar, forçando todos aqueles que queriam sair da mediocridade a odiá-lo porque ele lhes tirou o que nunca haviam sido dignos de odiar. É assim que poderíamos definir Napoleão.
O condottiero imortalizado pelo tépido Manzoni, que não era seu entusiasta:
Dos Alpes às Pirâmides,
Do Manzanaro ao Reno,
Daquele seguro o trovão
Mantido atrás do relâmpago;
Explodiu de Scylla ao Tanai,
De um mar ao outro.
Isto seria suficiente? Essencialmente sim, mas também estamos interessados na avaliação histórica e política. Caluniado como Nero, porque, como o romano, ele teve contra si historiadores progressistas e reacionários e era amado pelo povo. Difamado ainda mais do que Nero porque teve contra si a Inglaterra, que inaugurou a damnatio memoriae e a criminalização das ideias, que prossegue nos moldes que conhecemos hoje.
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