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Robert Reilly - Redescobrindo o Sagrado na Música

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por Robert Reilly

(2017)


A tentativa de suicídio da música clássica ocidental fracassou. O paciente está se recuperando, não graças aos esforços do Dr. Kevorkian da música, Arnold Schoenberg, cuja cura, a imposição de uma atonalidade totalitária, foi pior que a doença - a suposta exaustão dos recursos tonais da música. A missão alardeada de Schoenberg de "emancipar a dissonância", negando que a tonalidade exista na Natureza, levou às sucessivas perdas de tonalidade, melodia, harmonia e ritmo.

A música saiu do reino da Natureza e entrou em sistemas ideológicos abstratos. Assim nos foi dada uma realidade de segunda mão ou ersatz na música que operava de acordo com suas próprias regras auto-inventadas e independentes, divorciadas da própria natureza do som. Não surpreende que esses sistemas, incluindo o método de doze tons da atonalidade obrigatória de Schoenberg, tenham naufragado. A fragmentação sistemática da música foi o resultado lógico da premissa de que a música não é regida por relações matemáticas e leis inerentes à estrutura de um universo hierárquico e ordenado, mas é totalmente construída pelo homem e, portanto, essencialmente sem limites ou definições.

Soa familiar? Todos os sintomas da doença espiritual do século XX estão presentes, incluindo o principal diagnosticado por Eric Voegelin como uma "perda da realidade". Nos anos 50, as doutrinas de Schoenberg estavam tão arraigadas na academia, na sala de concertos e no sistema de premiações, que qualquer compositor que optasse por escrever música tonal era remetido ao esquecimento pelo establishment musical. Um desses compositores, Robert Muczynski, referiu-se a esse período como a "tirania de longo prazo que trouxe a música contemporânea ao seu estado atual de constipação e paralisia".

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