por Maurizio Rossi
(2021)
Sua figura era comparável à de um convidado de pedra, ou seja, de alguém que se senta na presença da sociedade, mas que pertence a outros mundos. Por outro lado, o próprio Evola havia muitas vezes enfatizado que uma das tarefas fundamentais dos homens da Tradição era justamente a de atravessar este mundo, de agir nele, de penetrá-lo sem pertencer a ele, sem ser condicionado, sem ser corrompido, em constante e cuidadosa vigilância. Um ethos severo e desdenhoso. Como ele mesmo fez no decorrer de sua intensa vida. Com seu exemplo viril, sua linha de conduta radical, através da transmissão de seu pensamento e suas reflexões, através de sua imensa produção cultural.
Um homem de ação que chamava a uma reflexão em preparação para a ação, para a forma a ser dada à Ação. Um pensador completo e profundo - anti-intelectualista - que foi capaz de fornecer respostas claras e precisas em todos os níveis, desde o doutrinário e político até o espiritual e existencial, um símbolo ao mesmo tempo de resistência tradicional e de ofensiva revolucionária contra o mundo burguês. Uma Revolta contra o Mundo Moderno absolutamente total e global que não deixava espaço para hesitação. Um destruidor, então, como Nietzsche. Mais do que Nietzsche. Ao mesmo tempo, porém, um afirmador de uma Visão articulada do Mundo e da Vida.
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