por Dario Zumkeller
(2016)
Alexander Dugin (2009) argumenta que os processos monotônicos são as ideias que produzem acumulação material, crescimento constante e excedentes na sociedade. Essas ideias são os fundamentos da modernização e do progresso tecnológico. Como disse o antropólogo inglês Gregory Bateson (1984), os processos monotônicos não existem na natureza ou na biologia e, se existissem, formariam malformações. Esse também é o caso dos processos sociais. Aplicando essa teoria à sociedade, Bateson mostra que os excedentes produzem miséria, desigualdades e guerras. Justamente por isso, nas sociedades arcaicas, os excedentes eram destruídos ou doados aos deuses.
Os processos monotônicos são os verdadeiros sujeitos da primeira fase do imperialismo. O excedente de capital e bens e o crescimento populacional exigiram a conquista de novas áreas territoriais para evitar o congestionamento do mercado e as crises sociais. Foi com o congestionamento dos mercados que Marx previu o fim do capitalismo, enquanto o imperialismo foi a tábua de salvação de um capitalismo financeiro (fusão do capital bancário e industrial, de acordo com a definição de Lênin) já em crise no final do século XIX. Atualmente, o imperialismo em sua fase tecnocrática é a principal consolidação do capitalismo global.
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