por Aleksandr Dugin
(2018)
Um número específico de nossa população nutre uma nostalgia fundamental pelo período soviético. Aqueles que não vivenciaram esse período, projetam a imagem patriótica e positiva de um Estado social e justo, de progresso tecnológico, de novos horizontes, de relações morais entre as pessoas e de disciplina, de modo que pode se dizer um certo afeto neo-soviético permanece vivo em nossa sociedade – nos idosos, como algo natural, e em pessoas jovens e de meia-idade, como algo polêmico (inserido dentro do viés dos liberais modernos da oposição a Stálin).
O Estado, ao verificar que, na nostalgia soviética, há algo de patriotismo, bem como um certo continuum com o modelo totalitário, cultiva-a em parte, da maneira que lhe é conveniente (se antes havia o totalitarismo ideológico, agora há o administrativo).
Continue lendo…