por Aleksandr Dugin
(2000)
O mito de uma única "ameaça islâmica"
Entre os modernos mitos políticos fabricados pelos arquitetos da "nova ordem mundial" e consumidos pelas massas ingênuas, um dos mais persistentes está o mito do "fundamentalismo islâmico unificado" como uma "força obscurantista selvagem", ameaçando a civilização da humanidade, e especialmente o "Norte rico". A existência do "perigo islâmico (ou fundamentalista)" para justificar os líderes da OTAN, a própria existência desta União. O mesmo argumento é uma das relações políticas e estratégicas mais importantes entre o Ocidente e a Rússia. Diante deste mal imaginário, o Ocidente assume o papel de protetor da Rússia. Ao menos é o que dizem os funcionários da OTAN e os embaixadores de Washington nas negociações com os russos. Na verdade, as coisas são bem diferentes. Este conceito é apenas uma cortina de fumaça, uma cobertura para a implementação pelo Ocidente de suas reais e muito mais sofisticadas e sutis operações estratégicas, de acordo com as regras da estratégia clássica, apartando aliados potenciais no campo dos concorrentes para lidar com cada um deles sozinho.
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