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Julius Evola - Memória do Dadaísmo

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 por Julius Evola

(1958)


Quem faz uma comparação entre o primeiro e o segundo período pós-guerra não pode deixar de notar a recorrência dos mesmos temas e orientações, mas a um nível consideravelmente mais baixo. Nos fenômenos típicos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial no sentido de crise, de impulsos confusos de rebelião e evasão, a tensão espiritual e o radicalismo são muito menores. As correspondências são apresentadas em termos muito mais cinzentos e fragmentados. Além disso, em vez de uma expressão genuína, existem muitas vezes formas complacentes e exibicionistas, mesmo que, no domínio artístico, não se tenha chegado à profissão.. Um caso típico em questão é o da arte abstrata atual.

Entre as correntes que, no primeiro pós-guerra, anteciparam atitudes semelhantes ao existencialismo atual e tendências inconformista e antirracionalista similares, mas levaram a experiência adiante, uma das mais interessantes foi, sem dúvida, o dadaísmo. O dadaísmo raramente é mencionado. Ele, de certa forma, acabou engolindo a si mesmo, pois não era possível ficar muito tempo, sinceramente, nas posições de negações radicais, de uma liberdade afirmada através da dissolução agressiva de todo limite e toda ordem, de todo valor convencional e de toda racionalidade, não só na arte mas, segundo a instância original, na própria existência individual.

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