por Robert Steuckers
(2020)
Primeira observação: nada está claro nos discursos midiáticos, que são em sua maioria teleguiados a partir de escritórios americanos. As contradições se sucedem e se sobrepõem: este vírus é natural (uma variante mais perniciosa da gripe sazonal) ou ele escapou voluntária ou involuntariamente de um laboratório chinês? A prática do confinamento é útil ou totalmente inútil, como a experiência sueca parece provar? Outros projetos parecem ser enxertados nesta pandemia: o de poder eventualmente controlar melhor as massas humanas aglutinadas nas grandes megacidades; o de uma vacinação planetária que beneficiaria em grande parte as instâncias da “Big Pharma”, hipótese aparentemente confirmada pelas declarações anteriores e atuais de Bill Gates; uma vacinação tão generalizada também permitiria obter os recursos acumulados pelas políticas sociais socialistas e keynesianas dos países industrializados da Europa. Além disso, o despreparo dos Estados Unidos e as confusões nas encomendas e distribuição de máscaras sanitárias, a discussão sobre medicamentos na França com o Dr. Didier Raoult como principal protagonista defendendo um tratamento simples com cloroquina, a hipótese muito recente contestando a validade dos tratamentos escolhidos para conter a doença, o abuso fatal na distribuição de Rivotril nos lares de idosos, tudo isso alega a favor da hipótese (conspiracionista?) de uma encenação planetária, destinada a ampliar o pânico: nesse sentido, o sistema político-midiático, dominado e estipendiado pela alta finança, pelos lobbies farmacêuticos e pelo GAFA, desempenharia bem seu papel no cenário que lhe teria sido ditado, o de preparar as massas para aceitar vacinas, confinamento e outras medidas policiais inéditas e inauditas mesmo em regimes considerados os mais repressivos. Entretanto, o canal de televisão francês LCI acaba de revelar que os altos índices de letalidade e contagiosidade do vírus têm sido consideravelmente exagerados após os discursos alarmistas e apocalípticos dos representantes da OMS. O confinamento, contra o qual a opinião pública alemã e holandesa se opõe veementemente, tem sido, portanto, totalmente inútil ou um pretexto para desenvolver novas técnicas de controle policial, imitando as futuras (mas muito próximas) “smart cities” chinesas, entre as quais citaremos sobretudo as técnicas de reconhecimento facial. Sejam quais forem as hipóteses que possam ser formuladas sobre os efeitos, reais ou forjados, da atual pandemia, é preciso admitir que as convulsões em curso no cenário político internacional, especialmente na Eurásia, não serão de forma alguma travadas pela pandemia: muito pelo contrário, os escritórios dos estrategistas estão preparando ativamente o mundo que seguirá a crise do vírus. Esta pandemia obviamente permite camuflar uma série de mudanças benéficas para o hegemon, apesar das fraquezas que o hegemon parece mostrar em seu declínio industrial, na decadência de sua sociedade ou nas falhas de seu sistema de saúde. É necessária, portanto, a vigilância de todos aqueles que desejam ver recuar o domínio muitas vezes sufocante deste hegemon.
Continue lendo...